quinta-feira, 16 de julho de 2009

Alô, quem está do outro lado?

Alô. Sem voz e sem eco.
Quem está do outro lado?
É engraçado falar sem ser ouvido. E sem pretensão ou necessidade de ser ouvido.
O monólogo de um surdo. Jogo sem perdas de palavras vagas.
Recolho-me à espera de um eco, num canto do computador, bem no meio do seu coração.
Vou dizer palavras tristes e alegres. O que importa é estar aqui, vivo, dedilhando este teclado como se fossem teclas de um piano numa sinfonia de paixão.
Alô. Quem está aí? Na verdade, a voz que aguardo está dentro de mim e por ela clamo.
Mas, enquanto isso, quem sabe exclamas?! Uniria tua solidão à minha e, juntos, moraríamos no mouse do nosso pc. De graça, com graça, sem perfumes e com certeza.

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