terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Coisas de Fortaleza, cigarro e chopp

Essa guriazinha linda que vocês viram entrar aí no blog é a Renata. Mimosa como a minha filha. Agora ela trouxe ao mundo a Mariela, outra pintura.
Nos anos 80 vivemos em Fortaleza. O Ivo, de quem não consigo lembrar sem chorar, era a ilha da minha alma. Amigo e irmão. Porto onde sempre podia atracar meu navio, ora com peças cômicas, cigarro e chopp, ora com angústias e delírios. Mas sempre com cigarro e chopp.
Coisa fantástica a gente conviver com alguém e ter certeza absoluta de sua fidelidade. Amigo, verdadeiro amigo, com doação de espírito. Era assim que esperava, todos os domingos, o Ivo, a Vera Lúcia, a Renata e a Fernanda, no meu sítio no Icaraí, ao lado de Fortaleza. Passava o fim de semana preparando a piscina para as duas doçuras. Fernanda grudada em todos: “Vai pular? Vai pular?” Renata vidrada na Adriana, com aquela carinha de encanto.
Tempos de calor úmido, céu estrelado e saudade no ar.
Voltamos para o sul e passei a ver pouco as duas estrelinhas, embora sempre estivesse a par de sua vida pelo Ivo.
Agora, o Márcio ganhou a megasena: casou com a Renata. Ele sabe e reconhece isso e exatamente por esse motivo também é muito amado. Os dois, com Mariela, no seu aconchegante apartamento, aproveitam o embalo sublime do amor, dando exemplo de esperança.
Mariela, meu anjo, teu avô está te olhando lá de cima, com aquele olhar maroto, certamente contando vantagem sobre a neta e com um copo de chopp me esperando.
Não esquece dele.