sexta-feira, 22 de março de 2013

Meu amigo André tem uma receita fantástica para resolver os problemas de nossa gente. Alguns pesquisadores se reuniriam num laboratório e criariam as gotinhas milagrosas de NOÇÃO. Para cada projeto de lei absurdo ou decisão judicial insólita, gotinhas de noção. Para cada motorista que embaraça o trânsito, gotinhas de noção. Para cada delegado que adora dar entrevistas na televisão, gotinhas... Distribuídas pelo Ministério da Educação, porque economizaria sobremaneira o ensino público. Ouvi de uma moça uma história. Ela foi à casa de uma amiga e viu o filho desta brincando no pátio. Ele pegou um sapo, encerrou num vidro e colocou numa fogueira, deliciando-se ao assistir o bicho se contorcendo. Nisso, aparece a mãe, põe as mãos na cabeça e grita: meu filho vai ser cientista! Mil gotinhas de noção.

domingo, 10 de março de 2013

Hoje

Hoje, amanheceu chovendo. Dia de saudade. Pego o guarda-chuva e vou buscar o jornal no boteco do Joaquim Zu. Negro safado com humor de coluna vertebral estragada. O Zu. Cinquenta e oito anos de idade resolveu namorar uma guria de vinte e quatro. Safado mesmo. Pode ser que melhore. Tenho esperança de encontrar um amigo na volta. Serviria para ele um cafezinho e, enquanto ouvíssemos Mozart, poderíamos comentar sobre a fragilidade da zaga do Internacional. Isso tudo ao som do chiado insistente dos pneus dos carros no asfalto molhado, levando para o bate-bola na Praça de Desportos de Bagé, lá por 1955. Ora, vejam. Não disse que ia pintar saudade?