terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ruelas de Sevilha

Prosseguir, pelo outro lado da rua,
Contra o vento que do final corre atento,
Ferindo a face, azeitando a alma. Aparecer por detrás dos versos empoeirados,
Surpreendendo arritmias, corações doídos,
E gritar para que tomem cuidado
Todos aqueles que não ousaram.

Há uma vetusta prece do lado de lá
Que faz lembrar uma noite sonâmbula.
Caminha indecisa sem vestes,
Prostrando-se aos pés do mistério.

As ruelas de Sevilha, labirintos.
Como é doce sentir o mistério,
Interrogado sempre, indeciso às vezes.

Um comentário: