terça-feira, 8 de junho de 2010

Berlim

Nunca imaginei o horror imposto pelo nazismo e, depois, pelo comunismo ao povo de Berlim.
Como se avolumavam os judeus nos campos de concentração, os líderes nazistas fizeram um Conselho numa cidade do interior para discutir a forma mais fácil e rápida de matar e livrar-se do estorvo. Daí os fornos nos campos de concentração.
É o testemunho do insólito.
No lugar onde havia o bunker do Hitler (próximo ao Portão de Brandenburgo) há um terreno nu. Não se sabe o que fazer ali. Lugar amaldiçoado.
Depois, o comunismo. O muro. Os olhares tristes para as paisagens longínquas e inatingíveis. A saudade do Reno, dos parentes nunca mais vistos.
Mas o que mais impressiona é a mudança do enfoque no relacionamento do ocidente e do oriente. Antes da queda do muro, o ocidental agia como salvador de seus compatriotas perseguidos. Depois, passou a vê-los como perseguidores, porque os impostos foram aumentados para sustentar a pobreza que emergia com as muralhas caídas. Os comunistas, para sustentar o pleno emprego, estimulavam a capacitação para o trabalho genérico. No ocidente, ao contrário, recrudescia a especialização com as técnicas modernas. Como utilizar, então, mão de obra de uma gente sem conhecimento específico quanto aos métodos de trabalho? Até hoje mantém-se esse clima de desconfiança. Difícil.
Na Alemanha, porém, tudo é grande, perfeito, bem acabado e limpo. O país está em obras. Não para nunca.
A viagem pelo mundo germânico é uma experiência fascinante. Especialmente para quem aprecia uma boa cerveja.

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